Sol em Ti
O eco do teu perfume
O céu no escuro da minha manhã
Um acorde de sol em si
E o sol em mim
Brilhava em você
Na sombra do teu medo
Sem segredo
Enfim
Sós
Sol em Ti
O eco do teu perfume
O céu no escuro da minha manhã
Um acorde de sol em si
E o sol em mim
Brilhava em você
Na sombra do teu medo
Sem segredo
Enfim
Sós
Nunca fui boa aluna de física. Achava aquilo inútil. Força, velocidade, peso, massa. Mais inútil ainda eram as tentativas do meu professor de me explicar que a Física não estava separada dos fatos, mas que era só uma das explicações para estes.
Meu primeiro momento quântico ocorreu aos 15 anos quando teria de aprender em um mês o que não tinha conseguido assimilar em um ano de aulas de Física. Descobri então que força (f) era o desespero de uma estudante que para passar de ano teria de estudar com um pouco mais de dedicação as Leis da Física. Leis que eu havia infringido o ano todo.
Passei. Com um orgulhoso B. Foi aí que compreendi que Q = m.v. Que a quantidade de movimentos que eu fizesse para aprender e tentar imaginar a utilidade daquilo é que me impulsionaria adiante.
Houve muitos outros momentos quânticos depois desse. Com o tempo, fui assimilando outras Leis da física. Aprendi que a Lei do Mínimo Esforço era a lei que servia para ajudar as pessoas a não se permitir a explorar as Leis da Dinâmica...
Aprendi que um corpo para mudar de direção precisa necessariamente em algum instante (i) passar pela velocidade (v) zero. Aprendi porquê tive de mudar de direção várias vezes ao longo dos anos.
Aprendi que espaço-tempo é o sistema de coordenadas utilizado como base para o estudo da relatividade especial e relatividade geral, que um ponto, no espaço-tempo, pode ser designado como um "acontecimento" e que cada acontecimento tem quatro coordenadas (t, x, y, z); ou, em coordenadas angulares, t, r, θ, e φque dizem o local e a hora em que ele ocorreu, ocorre ou ocorrerá. Essa foi uma das principais descobertas ´compreendidas´ que mais usei. Só simplifiquei a teoria. A relatividade especial era a relativa felicidade que a gente sente em algum momento quando uma tentativa de fazer algo certo dá certo, enquanto que a relatividade geral é estar no lugar certo e na hora certa. Nunca mais esqueci essa Lei.
Agora a Lei que eu mais gostei foi a Lei que assustou Einstein... A Lei da Interação Quântica.
A teoria quântica prevê que a interação de duas ou mais partículas quânticas ocorre de maneira, no mínimo, estranha. Na interação quântica existem comportamentos difíceis de explicar, por exemplo: mesmo após separadas no espaço, quando uma ação é realizada numa partícula a outra responde imediatamente. Nós ainda não sabemos como as partículas se comunicam instantaneamente e nem como o sinal é passado, mas de alguma forma uma vez unidas elas se mantém fundamentalmente “amigas”. Esse comportamento estranho assustou o maior físico de todos os tempos. Algo que ele chamou de “assustadora ação a distância.” Absolutamente para qualquer ação que ocorra com você há alguma reação. Bom, onde esta se teoria se aplica na sua vida ? Aí vem o poeta e diz:
“ Nada criei de novo.
Nada acrescentei às formas
tradicionais do verso.
Quem sou eu para criar coisas novas,
pôr no meu verso, Deus me livre, uma
invenção.” (Thiago de Mello)
Já está tudo criado, pensado, verificado numa estrofe de milhões de dedos. Nesses momentos quânticos, a poesia e a física viram uma única ciência e conscientes se espalham por aqui...
Claudinha
Chovia e parecia que o céu queria
Dizer para ficar ali mais um pouco
Nuvens carregadas de pensamentos
Olhavam para o céu cor de turmalina
E nunca me senti tão menina
A chuva passou
Fui para casa
E os trovões puderam
soluçar em paz.
Os brasileiros – como muitos devem saber – são uma mistura de culturas e um país muito jovem: somente 509 anos se passaram desde que o Ilustre Pedro Álvares Cabral gritou da sua caravela portuguese em alto-mar ´Terra a Vista !. Nós somos indígenas, africanos, portugueses, italianos, japoneses, libaneses, poloneses, alemães, holandeses, franceses, espanhóis E brasileiros.
Fazer negócios com América Latina, África e Ásia tem sido algo que nossos ancestrais europeus começaram há cerca de 500 anos. A capital do Egito costumava ser chamada de a Pequena Paris da África, terra dos velhos e poderosos ´pachas´. A mesma Cairo que hoje tem que sobreviver à sombra de uma velha Paris que já não existe mais e o que é pior sob o desértico Sol da miséria urbana. Sem problemas. O Egito ainda está lá e as pirâmides sobreviveram à Arte Nouveau...
Mais para baixo aqui na América do Sul, os portugueses e espanhóis brigavam pela madeira vermelha, o pau-brasil, hoje em extinção. Então se inicia a época do Império do Açúcar com seus altos e baixos quando os portugueses famintos começam a descobrir que sob nossas florestas selvagens havia muito ouro e começa uma nova Era: a Era dos Impostos. Sim, talvez não existissem impostos se eles não tivessem encontrado uma grama de ouro aqui. Criativamente, a Coroa talvez tivesse inventado ao invés do imposto, a penalidade para os proprietários de terras que não fossem capazes de encontrar ouro em seus subsolos. O que tem que ser está escrito, como diz o provérbio árabe. Uma vez que o ouro foi encontrado, o Império Português criou o Império dos Impostos e os brasileiros vêm desenvolvendo um sistema pragmático e eficiente de inteligência artificial com pseudo-neurônios ´delfinianos´ para cobrar as multas e hoje contamos com um sistema biônico contemporâneo de business intelligence que é capaz de controlar em todo o território nacional tanto a arrecadação de impostos quanto de multas que é de dar inveja às grandes Nações da TI como Índia e EUA.
Naturalmente que o Brasil não exporta esta tecnologia da informação para arrecadar e cobrar os impostos massivos que os brasileiros e investidores pagam. Claro que não. Isso é segredo de estado. Como pode ser factível que um país que paga este oceano de impostos e taxas ainda continue a crescer? Seria um milagre, um segredo ou somente uma ´joint-venture´ com alguns países desenvolvidos ? ...
Não há somente más notícias. Há boas notícias também. O país está crescendo e a dívida pública também. O Brasil já pode emprestar dinheiro para o FMI mas não consegue facilitar o processo de crédito para as pequenas e médias empresas, que representam quase 80% da totalidade das empresas brasileiras. O Brasil é uma das maiores fazendas do mundo, mas em algumas cidades já é mais caro um prato de comida do que em cidades como Tóquio e Londres. Logo no Brasil que produz e exporta 8% da carne consumida no mundo, mas que não foi capaz de exportar derivados do leite para países da comunidade européia até poucos anos atrás por conta de embargos protecionistas. O Brasil tem uma rica cultura, um único idioma é falado da Amazônia à fronteira com o Uruguai, mas menos de 1% da população sabe falar um segundo idioma. O Brasil produz cerca de 24 milhões de toneladas métricas de açúcar por ano e seus doces processados não são competitivos para exportação.
O Brasil é e será sempre a terra do sol e das sombras. Não a terra dos marajás, mas a terra das discrepâncias e oportunidades, onde todos recebem os estrangeiros com um cafezinho passado na hora ou expresso mas sem muita certeza de que o mesmo será bem-sucedido sem um bom planejamento para seguir em frente. A certeza deixada é que o novo caminho na estrada de quem está começando a vida no Brasil vai dizer ao viajante: ´Ame-o ou ame-o´. Misteriosamente...
Claudia
Os não híbridos estão em falta aqui na Terra.
Claudinha
Claudita