sábado, 11 de abril de 2009

VIVA O CUBA-LIBRE !

Ontem fui assistir CHE. A história é manjada, os hermanos arrasam no estilo ´el durón ´ para retratar a tomada de Cuba. Rodrigo Santoro bem que tentou, mas falou pouco e com uma dificuldade inmensa de esconder o sotaque luso-carioca debaixo do castellano derribado. Bom, o que vale é a intenção e com aquele sorriso maravilhoso dele, quem disse que ele precisa falar ? Desculpa Rodrigo, sou sua fâ, mas você pode fazer mais que figuração de luxo em LA.

Saí do cinema pensando. O filme é bom, fotografia linda. Cuba deve ser linda mesmo sobre tanta velharia histórico-colonial e já tão enferrujada pela boemia marxista observada por olhos curiosos de turistas retardatários, bem nascidos ao sol do capitalismo contemporâneo e indiferentes à arquitetura comunista das colunas sociais cubanas.

Às vezes acho que tenho um problema sério. Tenho uma dificuldade canibal de conseguir entender a fundo filmes e documentários sobre política, guerras civis, revoluções culturais de cunho étnico etc. Às vezes acho que faltam alguns conjuntos de neurônios republicanos (ou democratas) em meu cérebro. Não que eu seja apolítica, não ! Lo que pasa é que eu vejo as pessoas, observo como elas se portam, se os atores realmente percebem a profundidade da mensagem que estão ali para transmitir, se o roteiro foi escrito com paixão, se a fotografia é noir ou allegro...

Fidel tinha uma determinação, conquistar Cuba, tirá-la do domínio dos imperialistas e conseguiu. O que ele fez depois com tudo que tirou dos imperialistas E dos cubanos, deixemos pra lá. Acho que consigo enxergar esses personagens como pessoas simples que tinham uma determinação e que realizaram algo, que seguiram seus sonhos. Na minha forma matuta de pensar, descobri que é mais fácil observar as pessoas que estavam contidas dentro dos personagens, a arte que foi usada ali na película para falar sobre aquelas pessoas e a mensagem implícita que ficou ao final do filme.

Me perguntem o que entendi do filme juntando com meus parcos conhecimentos sobre a Revolução Bolivariana (é essa a revolução ou tem outro nome?). Che foi um idealista que virou herói e morreu doente na selva sem o Fidel por perto (isso eu estudei). Os cubanos que se renderam à trupe de Fidel foram covardes. Fidel foi além. Percebeu que ser idealista não bastava, virou um imperialista de um reino só.
Vejam: os personagens mudam, mas as histórias se repetem. Eles foram atrás de seus sonhos, provocaram mudanças na história. Sempre haverá os que provocam as mudanças e os que retratam as mudanças. Há um outro grupo também que é dos que não provocam mudanças mas não se conformam com as mudanças.

Lembrem-se: a única constante na vida é a mudança. Bom mesmo é ser livre para mudar para aquilo que se – lhe parece melhor. Nada melhor que ser simplesmente humano para mudar.

Claudita

Um comentário:

Portal de Tecnologia Educacional disse...

Acredito que a maior virtude do ser humano é o processo de mudança.
Adorei seu blog.
Abraços.